Agencia-Brasil140113_VAC5228.jpg

O governo preparou para a manhã desta quarta-feira, 19, a primeira ação desenhada na estratégia do Palácio do Planalto ontem, após reunião de cerca de dez horas, para diminuir o impacto da Operação Lava Jato. Foi o início das atividades dos grupos de trabalho criados para elaborar propostas de estímulo à indústria. A reunião foi presidida pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que se esforçou em passar a mensagem de que o segundo governo Dilma Rousseff será melhor para a economia. "Governo que continua e pode mudar é muito melhor do que o que simplesmente pode mudar", disse.

Mercadante liderou outros ministros no encontro e foi o último a falar, adotando uma prerrogativa das reuniões ministeriais com a presidente Dilma, que dá a última palavra. Ele avaliou o mercado interno como "fundamental" para superar a crise de 2008, mas apontou a melhora na competitividade das empresas brasileiras e a busca pelo mercado internacional como passos vitais para a retomada econômica. "Se quisermos liderar qualquer setor da indústria mundial ou estamos à frente em inovação ou não teremos chance", afirmou.

O chefe da Casa Civil disse, em tom de titular da Fazenda, sem citar o atual ministro Guido Mantega, que propostas a reforma tributárias deve ser perseguida pelo governo. Ele citou como tributos que deve ter sua forma de arrecadação e estrutura reformuladas o PIS/Cofins. "Podemos racionalizar a estrutura tributária e vamos encarar essa agenda", sugeriu.

Ele também apresentou as Parcerias Público Privado (PPPs) como medida que devem ser intensificadas para avançar em obras de infraestrutura de portos, rodovias e ferrovias. "Nós precisamos avançar as PPPs para que agente possa atrair investimentos privados", considerou. "O governo tem que governar, tem que entregar, tem que resolver (gargalos)", disse.

O ministro também afirmou que o governo precisa agilizar o marco regulatório do setor portuário, que ainda depende de aval do Tribunal de Contas da União (TCU), e cobrou a aceleração das obras de energia. "É indispensável que o Brasil possa crescer com oferta de energia", disse. "Precisamos acelerar investimentos também na cadeia de biomassa", considerou.