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O dólar operou descolado da tendência externa e subiu ao longo de toda a sessão desta segunda-feira, 27, para encerrar no maior nível desde 2005. Embora a reeleição de Dilma Rousseff (PT) estivesse no radar de muitos investidores, o resultado da eleição exigiu correções de posições que apostavam em Aécio Neves (PSDB).

O dólar à vista no balcão fechou em alta de 2,56%, a R$ 2,5260, maior patamar desde 29 de abril de 2005 (R$ 2,529). A máxima foi atingida no início dos negócios, de R$ 2,5600 (+3,94%), e a mínima, de R$ 2,513 (+2,03%), perto das 15h30. O giro no mercado à vista somava US$ 1,425 bilhão perto das 16h30, sendo US$ 1,307 bilhão em D+2. No segmento futuro, o dólar para novembro subia 1,73%, a R$ 2,530.
 
O estresse maior ocorreu na parte da manhã, no calor da reação ao segundo turno. À tarde, a moeda desacelerou o avanço, passando a renovar as mínimas, diante de ajustes de posição e da percepção de que o próximo ministro da Fazenda poderá ter mais autonomia na segunda gestão de Dilma. O anúncio da composição da equipe econômica, porém, não deve sair no curtíssimo prazo. A presidente deve descansar na Bahia por quatro ou cinco dias, com sua família. Somente na volta Dilma deve dar início às negociações partidárias para acertar a reforma ministerial.
 
Quanto ao programa de swaps cambiais do Banco Central, analistas acreditam que deverá ser encerrado no novo governo, mas de forma gradual.


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