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Recém reeleita presidente do Brasil, Dilma Rousseff fez um discurso em Brasília na noite deste domingo 26 em que ressaltou a importância da reconciliação entre o povo. Também afirmou que não acredita que o pleito tenha divido a nação.

Acompanhada do ex-presidente Lula e de seu vice, Michel Temer, aos quais fez diversos agradecimentos, Dilma teve de pedir repetidas vezes por silêncio ao público, que gritava palavras de ordem e entoava canções de campanha. Com 99,97% das urnas apuradas, Dilma mantinha vantagem com 51,64% dos votos válidos, configurando as eleições como as mais acirradas desde a redemocratização, em 1989.

“Conclamo sem exceção a todas as brasileiras e a todos os brasileiros a nos unirmos em favor do futuro de nossa pátria, de nosso país e de nosso povo. Não acredito sinceramente, do fundo do meu coração, que essas eleições tenham dividido o país ao meio”, afirmou. “Entendo, sim, que elas mobilizaram ideias e emoções às vezes contraditórias, mas movidas por um sentimento comum, a busca de um futuro melhor para o país.”

"Em lugar de ampliar divergências e criar um fosso, tenho forte esperança de que a energia mobilizadora tenha preparado um bom terreno para construção de pontes”, disse. “Com a força deste sentimento mobilizador é possível encontrar pontos em comum e construir com eles uma primeira base de entendimento para fazermos o nosso país avançar. algumas vezes na história resultados apertados produziram mudanças mais fortes e mais rápidas que vitórias muito amplas.”

A presidenta também afirmou que percebeu ao longo da campanha que o tema mudança foi o mais discutido, e que por isso promoverá diversas reforma em seu novo mandato. De acordo com ela, a “primeira e mais importante” será a reforma política, realizada após um plebiscito popular. Dilma também disse que ampliará o combate à corrupção e à impunidade, e prometeu ações urgentes na economia, em especial no setor industrial, e para conter a inflação.

“O Brasil, esse nosso querido país, saiu maior dessa disputa, e eu sei da responsabilidade que pesa sobre os meus ombros. Vamos continuar construindo um país melhor, mais inclusivo, mais moderno e mais produtivo.”