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Robinson Faria, atual vice-governador do Rio Grande do Norte e candidato do PSD ao governo potiguar, venceu as eleições no Estado com 54% dos votos. O pleito, disputado com Henrique Eduardo Alves (PMDB), presidente da Câmara dos Deputados, foi marcado por uma reviravolta. Desde o começo da campanha, as pesquisas indicavam Alves como favorito, com possibilidade de ele ganhar no primeiro turno. Na reta final da primeira etapa, porém, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do programa eleitoral de Faria pedindo votos a ele na televisão, o que, tudo indica, fez sua candidatura disparar. O PT faz parte da coligação do vice-governador mas, até então, nem Lula nem Dilma haviam se envolvido na eleição no Estado. Ao final do primeiro turno, o peemedebista ficou em primeiro lugar nas urnas com 47% contra 42% do seu oponente.

O ex-presidente Lula continuou apoiando Faria no segundo turno, para desgosto de Alves, que chegou a expressar durante um comício sua insatisfação com o suporte do PT ao concorrente. Foi nesse período também que os dois candidatos passaram a trocar pesadas ofensas – Faria chegou a dizer que Alves fazia parte da lista dos envolvidos no caso de corrupção da Petrobras. Agora, a participação de Lula na campanha de Faria e a consequente derrota de Alves podem criar mais dificuldades para o governo Dilma Rousseff até o final da legislatura, pois o atual presidente da Câmara ficará sem mandato. Ele já costumava criar dificuldades para a aprovação de projetos de interesse da presidência, barganhando cargos para seus aliados. Magoado com o que considera uma traição, não tem mais nada a perder.