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A candidata Marina Silva (PSB) surpreendeu membros da campanha de Aécio Neves (PSDB) e de Dilma Rousseff (PT) por ter aberto o debate em tom considerado alto e combativo, especialmente porque essa atitude não é esperada de quem está bem colocado nas pesquisas, como é o caso da socialista. O marqueteiro da campanha de Marina Silva, Diego Brandy, disse que não foi uma estratégia e resumiu: "Ela foi ela".

Mais cedo, o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), ao avaliar o desempenho dos candidatos, disse que Aécio demonstrou ser o mais preparado para cuidar do País. Sobre a candidata do PSB, Marina Silva, ele disse que, apesar de não apresentar nenhuma proposta concreta, evidenciou preparo para responder às perguntas. Já a presidente Dilma Rousseff, "como de costume" , demonstrou que não está preparada para absolutamente nada".
 
A ministra do Planejamento Miriam Belchior disse que alguns dados apresentados pelos adversários da presidente Dilma Rousseff e dos próprios jornalistas que fizeram perguntas não estavam corretos. Ela deu como exemplo o dado que 74% dos 20 mil cargos públicos são comissionados. Segundo ela, este número é de concursados.
 
Para Dilma, ataques são naturais
 
Ao final do debate de presidenciáveis na TV Bandeirantes, a presidente Dilma Rousseff (PT) avaliou que é natural que ela tenha sido mais atacada durante o debate desta noite. "É normal que isso ocorra porque eu sou presidente da República, a única coisa que eu lamento é não poder responder a cada ponto, porque eu fui mais focada. Mas vão ter outras oportunidades", disse.
Dilma disse ainda que não achou que em nenhum momento houve algum desrespeito. "Não vi agressão pessoal. Acho que foi uma troca de ideias, de projetos, de opiniões e espero que a população tenha nos seguido até agora. Para que nós possamos ter uma audiência, para que esse debate se transforme num momento marcante dessa campanha", disse.
 
Aécio: "sonho do brasileiro é morar na propaganda do PT"
 
Na abertura do terceiro bloco do debate entre presidenciáveis que acontece na TV Bandeirantes, o jornalista Boris Casoy perguntou à presidente Dilma Rousseff se ela manterá ou mudará a política econômica. Dilma argumentou que hoje ninguém pode negar que o mundo enfrenta uma grave crise e que, ao contrário do passado, em que se sempre se usava a receita de ‘colocar o trabalhador para pagar’ os custos, seu governo se recusou a fazer isso. Ela destacou ainda que, além de investimento em infraestrutura, o governo investiu pesado em educação e ofereceu oportunidades à população. Na sequência, Aécio Neves, dizendo que "o sonho do brasileiro é morar na propaganda do PT", se direcionou a Dilma e questionou se é possível hoje comprar as mesmas coisas que se compravam meses atrás, argumentando que o Brasil precisa iniciar um novo ciclo de mudanças.